INVESTIGAÇÃO
O CAR Jamor tem como atribuição desenvolver atividades de investigação relacionada com a otimização do rendimento desportivo por iniciativa ou em parceria e cooperação com Estabelecimentos de Ensino Superior e Politécnico e Centros de Investigação.
Projeto HamStrong
No âmbito da colaboração entre o Laboratório de Função Neuromuscular da Faculdade de Motricidade Humana e o CAR do Jamor, pretende-se conduzir um conjunto de estudos enquadrado no projeto HamStrong, liderado pelo Professor Doutor Sandro R. Freitas e pelo Professor Doutor João R. Vaz, que visam identificar fatores risco para a lesão dos isquiotibiais em atletas. Estes estudos serão implementados em três fases.
Na primeira fase, pretende-se saber se a resposta da força máxima e força de resistência dos flexores da coxa, após a realização de sprints repetidos, é diferente entre atletas com e sem historial de lesão nos isquiotibiais (nos últimos 12 meses antes dos testes). A força será testada isometricamente. Para o efeito serão recrutados cerca de 30 atletas de modalidades coletivas que envolvam esforços intermitentes de alta intensidade, onde é sabido que a incidência de lesão dos isquiotibiais é elevada. Aproximadamente 15 participantes terão historial de lesão. Os testes serão realizados em 3 sessões, sendo que a primeira será de familiarização. Esta primeira fase deverá ocorrer entre Outubro de 2019 e Janeiro de 2020.
A segunda fase pretende determinar se a resposta do padrão de rigidez dos músculos isquiotibiais em contração após a realização de sprints repetidos obedece a um padrão, e se é consistente entre dias. Para o efeitos serão testados sujeitos fisicamente ativos sem historial de lesão, não havendo o requisito de serem atletas. Os sujeitos serão convidados a realizar 3 sessões de testes, sendo que a primeira será de familiarização. A segunda fase está prevista ocorrer entre Janeiro e Março de 2020.
A terceira fase pretende testar o padrão de rigidez dos músculos isquiotibiais em contração num conjunto considerável de atletas com e sem historial de lesão nos isquiotibiais (i.e. cujo número de participantes será determinado com base nos resultados do estudo da fase 2, mas que se prevê entre 100 e 150); de modo a determinar (i) retrospetivamente, se os atletas com e sem historial de lesão apresentam diferentes respostas, e (ii) prospetivamente se os atletas que desenvolverem lesão nos 9 meses após os testes apresentam um padrão de rigidez distinto dos atletas não lesados. Os sujeitos serão testados em uma só sessão. A terceira fase está prevista ocorrer entre Maio e Setembro de 2020.
Para a segunda e terceira fases será utilizada uma metodologia altamente avançada para medir a rigidez dos músculos, a sonoelastografia shear wave, cuja validade na aplicação aos músculos isquitibiais já foi demonstrada pelo nosso grupo de trabalho. Saiba mais aqui.
Desenvolvimento das qualidades físicas na atleta feminina de Andebol
A formação dos treinadores e treinadoras constitui um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento desportivo.
Perante os novos desafios que a sociedade em geral e o desporto em particular enfrentam neste século XXI, tornou-se necessária a tomada de decisões no referente à lacuna legislativa existente sobre a Formação dos Treinadores e Treinadoras. Consciente desta necessidade o IPDJ, IP definiu a formação dos treinadores como área prioritária do seu trabalho, tendo para tal concentrado a sua atenção no encontrar das soluções que permitissem a definição clara e inequívoca desta questão, que se vinha arrastando ao longo da história do desporto em Portugal.